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quarta-feira, 14 de março de 2007

Os SAC's e eu...

Já que estamos na semana do consumidor, tão propagada pela Vivo nos comerciais de TV, resolvi dividir aqui o "bom" relacionamento com certas empresas, incluindo a citada operadora de telefonia.

- Vivo

Há um bom tempo venho me perguntando se vale tão a pena continuar na operadora apenas para manter o mesmo número de celular há oito anos. Eis o que ocorre enquanto, infelizmente, não é aprovada a lei da propriedade dos números telefônicos, serei obrigada (por capricho meu) a isto.

O ano passado resolvi trocar de aparelho, o que me acompanhava era um tijolinho de estimação (o primeiro) que nem ao menos enviava mensagens de textos. Querendo a liberdade de enviar e não só receber torpedos e querendo também poder fazer downloads de tons musicais escolhi um modelo que tivesse estas caracteristicas. Nunca tive necessidade de ostentação com aparelhos até então, logo qualquer modelo em promoção que tivesse tais funções serviria.

No site da Vivo escolhi um aparelho da Motorola, em que fui devidamente informada da possibilidade de permanecer com o número. Nem conto que fiquei sem número nenhum depois da vinda do novo celular por uma semana, simplesmente porque sempre "dava pau na migração" e nenhum técnico(?), atendente, suporte conseguia dar jeito.

Nem um pedido de desculpas!

Resolvida a confusão, de posse do novo aparelho com o número antigo, tento a primeira das tentativas de fazer downloadas de músicas. Tento e tento. Através de mensagens para a operadora, através do site da Vivo e outros sites próprios para downloads de tons. Nenhum era capacitado para meu modelo de celular, ou seja, ainda não havia tecnologia disponível que atendesse o sistema do meu telefone.

Tento a Motorola. Fui bem atendida no SAC via Chat, mas falaram que a tecnologia estava ativa e que dependia apenas da operadora.

Começa a saga, até que alguém tem a lucidez de esclarecer que eles não estavam preparados para o sistema do meu aparelho.

Eu que já tinha gastado vários Reais tentando baixar músicas que não vinham, reclamei. Porque comprei o aparelho que "fazia downloads" conforme mencionado na loja on line, e ainda por cima era cobrada por algo prometido durante a venda, mas que não funcionava...

Esperei os três meses de aprimoramento que eles estavam tentando fazer e nada. Solicitei devolução do dinheiro e recebi como resposta que eu deveria saber do problema antes de decidir gastar (!).

Cada vez mais puta da vida, ainda solicitei a troca do aparelho, por qualquer modelo que fosse capaz de receber os benditos toques polifônicos e o que tive foi apenas uma coleção de e-mail's negando tudo, todas as vezes.

Sem tempo de correr atrás dos meus direitos e sem ter cópias ou impressão da propaganda (que eu havia rasgado logo que a encomenda chegou "inteira" pelos Correios), deixei que a Vivo saísse vitoriosa até esta semana quando adquiri outro aparelho de celular. Pela mesma operadora. Tudo porque eu decidi querer um modelo bonito, cor de rosa e que fosse com o mesmo número...

Desta vez pelo menos, antes de receber o aparelho que talvez chegue amanhã, já dei um print em todas as promessas do site de vendas e estou pronta a tomar as decisões necessárias, se forem necessárias...

Conclusão: desta vez deixei que eles vencessem.

- Natura

Isto mesmo, aquela tão famosa empresa que trata bem das consumidoras e funcionárias, que ganhou milhões de prêmios sociais, me deixou literalmente com os cabelos arrepiados.

Comprei, também no ano passado - ano de TCC, fim de curso de faculdade e pouco tempo até para dormir, o que dirá correr atrás dos meus direitos de consumidora? - uma loção em spray para passar nas madeixas antes de fazer escova. Garantia brilho e durabilidade dos fios lisos e cumpriu o que prometeu. Porém o bico borrifador durou pouco mais de um mês.

Liguei lá no SAC e logo de cara ouvi que teria que aguardar uns vinte dias para a troca pois não tinham o produto em estoque. Antes da resposta, claro, pegaram todos os meus dados, CPF, RG, endereço, escolaridade, profissão, estado civil e etc., que eu dei achando estranho tantas informações apenas para uma reposição. Será que acham que alguém vai perder tempo ouvindo musiquinha e vozes gravadas pelo simples prazer de trocar um produto quase novo por outro, e que nem era tão caro assim?

Aguardei e depois de vinte dias liguei. Tive que retornar depois de mais vinte dias e assim foi por mais umas cinco vezes até próximo do Natal e até o ponto de meu colega de trabalho, com toda a desatenção do ser masculino, olhar para minha mesa e ver a embalagem cheia, inutilizada, esperando solução.

Pedi o dinheiro de volta. Eles não devolveram até hoje, porque o dia marcado para buscar o frasco que eu deveria devolver era simplesmente o dia 26 de dezembro, um dia em que quase ninguém trabalha e eu não garanti estar de prontidão para receber o funcionário da Natura.

Ou seja, eles não cumprem o prometido e eu, a consumidora, preciso estar a disposição da empresa?

Conclusão: acabei deixando para lá...

- Terra

Provedor de internet banda larga me deu dor de cabeça também. Assinei o Speedy, o serviço de banda larga da Telefônica que detem o monopólio em minha cidade, mas quando da contratação do servidor optei, dentre uma lista de nomes, pelo Terra.

Achando que a empresa que eu tive opção de escolha me trataria de forma diferente? Hahaha!!!

Eles ofereceram o modem "grátis", que eu teria que devolver quando cancelasse o serviço, num prazo mínimo de um ano - caso contrário teria que devolver e pagar multa por quebra de contrato... O prazo prometido para entrega era de até sete dias úteis. Não cumpridos!!!

Reclamei pelo não recebimento, pediram um prazo de 72 horas para verificar qual o problema não sem antes me interrogarem para saber se alguém poderia ter recebido o produto por mim e não ter me entregado. Findo o novo prazo, me pedem outro de 72 horas novamente sem resposta condizente, apenas um jogo de empurra para averiguações...

Não aceitei, claro, ultrajada ao extremo, exigi que me entregassem o modem até o dia seguinte. Como não recebi tratamento adequado à minha condição de cliente que teve opções de escolhê-los, cancelei tudo.

E os danadinhos ainda disseram que íam me cobrar multa (doze mensalidades!) por quebra de contrato.

Aff, a baiana rodou! Quem foi que não cumpriu contrato aí? Quem foi que até então não utilizou o serviço por omissão da contratada? Aliás, que quebra de contrato se eu nem usufruí do serviço?

Argumentaram que a partir do dia em que eu fiz o pedido eu estava com o serviço disponível para mim. Foi o cúmulo do absurdo ouvir aquilo. Se a falta da entrega do modem me impedia de desfrutar da internet, do provedor Terra, que serviço eu tive à disposição?

Cancelado o acordo, ainda ameacei processá-los caso viesse alguma cobrança. Me mandaram um e-mail cancelando.

Procurando por outros servidores, entrei em contato com o Ig, mas este não podia me "dar" o moden pois já constava um cadastro grátis nas americanas.com como doado pelo Terra a minha pessoa...

Bem, como mais uma tentativa, no UOL, que eu achava que seria bem mais caro, consegui o modem grátis, até aí eu aceitaria comprar (mas não mais assinar o Ig por causa do desaforo), mas além de não pagar, ainda tive mensalidade à preço de banana (R$ 4,90) por seis meses. E detalhe: não preciso devolver o aparelho mesmo que cancele a assinatura!

Conclusão: quando não se tem monopólio e decide-se pesquisar, os benefícios estão do nosso lado - consumidor.

A lição aprendida é saber reclamar e não deixar passar muito tempo antes de solicitar um "help" dos órgãos de defesa do consumidor.

PS: antes de postar meu celular novo foi entregue aqui em casa pelo vizinho que recebeu para mim.

Beijos!

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