... e viver continua sendo estranho. Nem estou tão velha assim e já perdi a conta nos dedos de gente que eu conheço que se foi, digo, morreu mesmo.
Gente da minha idade.
Deixou de existir de uma hora para outra...
Até namorado eu já perdi.
Hoje foi mais uma pessoa que eu conhecia, uma garota.
Mesmo ela não fazendo parte do meu círculo social (quase extinto dada a infinidade de afazeres desta minha vida), uma notícia de morte sempre mexe com a gente.
E tem os sopros de vida nova no ar também, fazendo com que eu fique filosofando (charlatanamente, diga-se de passagem) ... Porque acabei de vir da casa da Lu e fiquei um tempão com a Gabriela, a bebê adorada filha da minha irmã adotiva por opção nossa.
Comprovei mais uma vez com a Gabi, a eficácia da Lei de Murphy: tente fotografar uma criança e ela não ficará quieta, tente filmá-la e ela será como uma múmia petrificada. Tentei fotografá-la....
E, por falar em charlatanismo, cada dia que passa eu começo a acreditar mais na verdade de eu ser uma farsa.
Eu sou uma farsa, até para mim.
Fico me culpando por saber que os outros me admiram, me acham guerreira, vitoriosa, estudiosa e todos os etecéteras - tá, tudo bem, não é fácil viver sozinha há oito anos em SP e conseguir terminar a segunda faculdade, ter sido reconhecida no emprego e ainda dar o gosto aos meus pais da filha deles ter uma vida decente e não ter engravidado sem casar...
Mas, escrevi apenas duas folhas (sem revisão ainda) do meu TCC apesar de ter feito um monte de pessoas viajarem na minha empolgaçao ao falar sobre meu tema...
Além de charlatã convicta acho que sofro de escapismo, se é que é possível alguém sofrer disto. Se não for, já deixo corrigido, não sofro, o que costumo mesmo é praticá-lo...
E a quem interessar possa: recebi meu primeiro e-mail resposta em inglês que prontamente teve sua tréplica.
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