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domingo, 12 de agosto de 2012

Prioridades

Que coração o cacete. Coração burro não merece crédito.

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Nota para dar prioridade (assim no singular):

  • Me jogar no trabalho. Fim.

Com a cabeça pensando apenas em trabalho, mesmo que temporariamente seja uma escolha não muito boa para o meu coração (nem para meu futuro em todos os aspectos), não faltam tarefas, então, sem dar bola pra bosta do lado direito do cérebro eu consigo ser alguém que pensa na família, que tem coragem de largar o cigarro e investir este dinheiro economizado em aulas de pilates (que há tempos venho adiando).

 

(a imagem eu peguei lá no Facebook em algum compartilhamento idiota que não resisti em fazer)

Não sei dar amor enquanto espero amor

Quando eu fico triste eu fico incapaz de dar amor…

Não sei se me acho indigna de tal ato, sei lá… Parando pra pensar agora eu acho que fico mesmo incapaz de fazer qualquer coisa.

Quando eu estou triste não é uma constante. Eu estou triste, mas tenho momentos de alegrias, seja por estar em algum lugar legal, fazendo um trabalho que gosto… Fico feliz, mas ESTOU triste. E quando o momento passa, volto a ficar triste.

O que me deixa mais triste são minhas ilusões do amor.

(Não caro leitor, não é o suposto “amor” psicótico do passado, estou em outra)

Mas acho que tenho algum defeito de amar. Ou amo demais. Ou tenho dedo podre para ficar nesta eterna luta de esperar reciprocidade em sentimentos.

Sentimentos que sinto que quando sinto que são de verdade. Mesmo que duvidem. Eu sei o que estou sentindo. Saco.

Resumindo, de maneira bem simplória, vou contrariar todos que dizem que devemos ser felizes sozinhos para sermos felizes acompanhados: não consigo me ver feliz se estiver sozinha.

Aí vem a desgraça na vida, na minha, diga-se de passagem, estou sempre esperando.

Porque não sou a chata, a pegajosa, nem aquela que só diz que vai beijar o cara se tiver uma aliança no dedo. Não sei bancar a difícil. Se eu sinto, as pessoas (ou a pessoa) ficam sabendo e foda-se.

Acho que não sei jogar.

E fico pensando que se eu fosse estas moças vadias que só agem por interesse, que jogam e trapaceiam no amor, mas estão sempre com alguém legal rastejando aos seus pés… Então, será que eu faço errado?

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De qualquer maneira, hoje me sinto triste. Mesmo tendo recebido uma visita.

Talvez os filmes de amor que assisti e os romances que li tenham me estragado. Talvez eu seja assim de nascença mesmo. Mas uma visita de uma pessoa que poderia estar na PQP ao invés de estar comigo não foi o suficiente.

Faltam as palavras. O brilho no olho. O abraço inesperado (que no fundo sempre espero). Falta o pedido de “vamos ficar juntos de verdade?”.

Talvez a forma de amar do outro não seja tão efusiva quanto eu gostaria que fosse. Mas cansei desta vida de ter que adivinhar se passar tempo comigo é interesse real em mim…

Cansei de ter que compreender que as pessoas são diferentes e talvez tenham tempo de resposta diferentes. Mas que cacete, por que é tão difícil encontrar um amor que venha no tempo certo?

Sei lá, se eu gosto eu gosto, por que as outras pessoas precisam racionalizar os sentimentos?

Isto me deixa triste.

Tão triste que coisas banais me deixam mais triste ainda.

Como, por exemplo, mesmo sabendo que minha irmã amada está feliz curtindo sua noite de sábado nos EUA com seus amigos, fiquei triste porque as fotos da alegria dela estão sendo publicadas com uma camera que poderia ser melhor. Que eu queria que ela tivesse agora. Porque eu queria que ela tivesse tudo de melhor no mundo…. Mesmo que ela nem esteja dando bola pra este detalhe das fotos.

E também fico triste com o amor que não consigo dar enquanto espero o amor que quero ter.

Como por passar tanto tempo sem falar com meus pais.

Simplesmente eu evito ligar para aqueles para quem eu não consigo mentir. Vou mentir felicidade enquanto meu coração tá pequeninho?

E olha, estou com saúde, estou “trabalhando”, meu carro não está quebrado… No geral tá tudo ok. O que seria importante para eles. Mas estou com uma puta dor de cotovelo.

Só que amanhã é dia dos pais e será inevitável não ter que ligar para o meu.

E aí eu fico lembrando de como ele deve estar tão triste como eu por esperar o amor do outro. E, neste caso, quase um crime: um pai não deveria esperar o amor da filha.

Que impasse!

Sou a filha-decepção, que se sujeita a trabalhar de graça para ter a graça de estar perto de quem estima, mas não telefona para os seus pais porque sabe que se escancarar suas escolhas será uma decepção para eles.

Mesmo sabendo que tem pais maravilhosos que não a julgam, aceitam e apoiam a filha quando ela corre precisando de colo porque mais uma vez fez merda por pensar com o coração.